CANDIDATURA 2016

BETO CANGUSSU:

História de luta e coerência no que pensa e no que faz!



"É a defesa dessa história, que não é só minha, mas de muitos companheiros e companheiras que compartilharam comigo de todas essas experiências maravilhosas de militância e de vida, que forjaram em mim uma consciência de classe, que me levou e me leva até hoje à luta incansável por justiça social, pela garantia de direitos dos mais necessitados."



Iniciei minha militância social nos anos 70 na Paróquia São Pedro Apóstolo, no bairro Ipiranga, estimulado por meus pais, participantes ativos da Pastoral da Família, Liturgia, daquela comunidade. Lá comecei a participar do GGI – Grupo de Garotos e Garotas do Ipiranga, grupo que tinha a incumbência de auxiliar o celebrante durante as missas. Esse grupo foi fundamental na minha formação, pela importância da experiência de “vida em grupo”.

Passei também pelo GAI – Grupo de Adolescentes do Ipiranga, tempos de adolescência, iniciando minha juventude. Um dos melhores tempos de minha vida. Época em que os jovens do grupo se reuniam não somente para reflexões religiosas, mas também, em eventos de confraternização e lazer, nas chamadas “brincadeira dançantes”, realizadas semanalmente na casa de algum membro do grupo. Tempo em que conheci uma menina/mulher maravilhosa, que viria a se tornar o “amor de minha vida”: Marcia.

A minha participação no GAI, me levou à PAJU – Pastoral de Juventude diocesana, como membro de um grupo específico da PAJU, que discutia o “Mundo do Trabalho”, o GJT – Grupo de Jovens Trabalhadores. Era final dos anos 70, início dos anos 80, época do aparecimento do chamado “Novo Sindicalismo”, iniciado na cidade de São Paulo, com a oposição Sindical Metalúrgica, com a Nova diretoria do Sindicatos de Bancários de São Paulo e com o novo sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, então presidido por Luis Inácio Lula da Silva. Tempos em que pipocaram oposições sindicais em todo o Brasil, contestando o “sindicalismo pelego” atrelado ao regime militar.

Os membros do GJT, eram oriundos de várias categorias profissionais: metalúrgicos, marceneiros, comerciários, bancários, construção civil, servidores públicos. Participamos e organizamos diversas oposições sindicais, sendo vitoriosos nos metalúrgicos e marceneiros. Nessa época, consolidou em mim o sentimento de “pertencimento há uma classe social”: A classe trabalhadora. Concomitante à militância sindical bancária, mantinha minha militância junto às CEBS – Comunidades Eclesiais de Base, da Igreja Católica. Assim que me casei, fui morar no Conjunto Habitacional Avelino Alves Palma, no chamado “Complexo Aeroporto”, conjunto de bairros vinculados à Vigararia Leste de nossa Arquidiocese.

Lá iniciamos a construção de 7 comunidades (bairros Avelino, Quintino Facci II e Simioni) que viria a se constituir a Paróquia Jesus de Belém, tendo como pároco Pe Nilton Elias, também membro da Pastoral da Juventude. Como era o início dos bairros, faltava de tudo em termos de infraestrutura. Iniciamos e organizamos vários movimentos em busca de melhorias para nossos bairros. Essa militância sindical e social, me aproximou da militância político partidária. Estávamos nos anos 80, ano em que foi criado o PT – Partido dos Trabalhadores, por três segmentos expressivos na época: O Novo Sindicalismo do ABC, Militantes da Igreja Católica, ligados à Teologia da Libertação e Lideranças políticas vindas de partidos clandestinos durante a ditadura militar. Em nossas reflexões políticas, seja no movimento sindical como nos movimentos sociais, entendíamos que não bastava apenas a organização social do povo brasileiro, seria necessário também “ocupar” os espaços institucionais do Estado Brasileiro, para garantir os avanços da classe trabalhadora. Daí veio a ideia das candidaturas que representariam os movimentos que participávamos.

Em Ribeirão Preto, com o “fechamento da Igreja” para as questões sociais (por volta de 1985) fundamos o CEDHEP – Centro de Direitos Humanos e Educação Popular, entidade que passou a abrigar todos os movimentos sociais progressistas que já não encontravam apoio na estrutura hierárquica da Igreja Católica. Até este momento, uma pessoa foi fundamental na formação da consciência crítica dos jovens da PAJU e na formação do CEDHEP: a Irmã Salesiana Eunice Wolf – nossa “mãezona”. Com ela aprendemos a ter consciência de classe, aprendemos sobre capitalismo e socialismo, vivenciamos a Teologia da Libertação e a opção preferencial pelos pobres, da Conferência Episcopal de Puebla. No CEDHEP, vivenciamos concretamente a Luta pela moradia, pela Reforma Agrária, pelo Direitos das Crianças e Adolescentes (ECA), a formação dos Conselhos Tutelares, A Alfabetização de Jovens e Adultos, a Luta pelos Direitos Humanos. Em 1982 tivemos nossa primeira experiência política partidária com a candidatura de Atílio Rossi (membro do Cedhep) , em 1988 com a candidatura operária de Orlando Capacle (Oposição Metalúrgica) e em 1992, numa assembleia popular, com aproximadamente 200 pessoas (membros de diversas comunidades e movimentos) a candidatura escolhida numa votação secreta, de um representante do segmento da Igreja Católica ligado à teologia da Libertação: Membro do Cedhep, da comunidade Jesus Libertador (Avelino Palma) e da oposição sindical bancária: Beto Cangussu.

Apesar da expressiva votação, ficamos como suplente, na eleição que elegeu pela primeira vez uma administração do PT em Ribeirão Preto, com Palocci. Participei ativamente dessa administração, como Diretor da Cetrem – Central de triagem e encaminhamento dos migrantes, itinerantes e moradores de rua, época em que conheci de perto a miséria humana, mas também a solidariedade entre os mais vulneráveis; como Diretor Administrativo da Secretaria da Educação, aprendi a conhecer com um pouco mais de profundidade o funcionamento da Administração Pública; Em 1995 tornei-me Secretário Municipal de Assistência Social, atuando e ajudando na articulação de políticas públicas exitosas daquela administração. 

Essa experiência conseguida na Administração do PT (1993-1996), me levou definitivamente para uma outra trincheira de luta: A luta Institucional. Após este período tornei-me presidente do CEDHEP, Diretor da AFUBESP – Associação dos funcionários do Banespa, Presidente do PT em Ribeirão Preto, disputei vários eleições como candidato a vereador (1996, 2000, 2004, 2008, 2012) tendo sido  vitorioso em 2000, 2004 e 2012, e também como candidato a Deputado Federal (2002: 28.000 votos) e Deputado Estadual (2006: 20.000 votos e 2010: 10.000 votos), não sendo eleito em nenhuma dessas eleições, mas fortalecendo a minha participação e liderança política.

Nos três mandatos de vereador, nossa atuação sempre foi marcada pela coerência e transparência de nossas posições, independentemente de ser situação ou oposição, pela ênfase na defesa da ética na política e na defesa intransigente dos interesses públicos, além da aproximação com as pautas progressistas dos movimentos populares de nossa cidade.

É a defesa dessa história, que não é só minha, mas de muitos companheiros e companheiras que compartilharam comigo de todas essas experiências maravilhosas de militância e de vida, que forjaram em mim uma consciência de classe, que me levou e me leva até hoje à luta incansável por justiça social, pela garantia de direitos dos mais necessitados.

A força para essa caminhada eu busco na companhia dos amigos que fiz ao longo de minha vida, e, principalmente no meu porto seguro, que é a minha família: Minha companheira Márcia, que meu deu uma família linda: Meus filhos Sarah, Larissa e Luiz Roberto e minhas netas Laura, Maria Eduarda e Manuela. A todos dedico a minha gratidão por tudo que fizeram por mim e por tudo o que representam em minha vida.



UMA HISTÓRIA DE COERÊNCIA! 

POR QUE ESTOU AQUI NOVAMENTE, CANDIDATO A VEREADOR


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