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Ano 3 - nº 325 - 21 de outubro de 2015
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IPCA-15 sobe dentro das expectativas em outubro: Apesar de apresentar uma aceleração em relação ao
mês de setembro, o resultado do IPCA-15 de outubro não surpreendeu
os analistas, registrando alta de 0,66% contra expectativa de
aumento de 0,67% por parte dos economistas do mercado financeiro.
Em setembro, o índice havia apresentado aumento de 0,39%, sendo que
em outubro de 2014 o aumento registrado foi de 0,48%. A alta dos
preços nesta primeira leitura do IPCA de outubro se deve em grande
medida aos aumentos nos preços dos combustíveis e no botijão de gás,
que tiveram seus aumentos autorizados pela Petrobras devido a
desvalorização cambial recente e impactaram o grupo transportes
(com alta de 0,8%) e habitação (alta de 1,15%), puxando o resultado
para cima. Com este resultado, o IPCA-15 acumula alta de 8,49% no
ano e 9,77% no acumulado de doze meses. |
Comentário: O aumento do IPCA-15 reflete em grande
medida as pressões sobre o preço dos bens cotados em dólar, que
apresentou forte valorização nos últimos meses. A desvalorização
do real (ou valorização do dólar) encarece os produtos cotados em
dólar, impactando os índices de inflação. Por outro lado, o
efeito da recessão é deflacionário, pois retira demanda da
economia e reduz salários, pressionando uma série de preços (em
particular de serviços) para baixo. A rigidez da inflação
brasileira, marcada ainda pela indexação, faz com que a queda da
inflação seja mais lenta do que sua subida, mas existe uma clara
e inequívoca tendência de desaceleração dos preços nos próximos
meses, fazendo com que as expectativas para a inflação de 2016
sejam bastante inferiores a inflação que se verificará em 2015.
Desta maneira, faz pouco sentido insistir em uma estratégia de
controle da demanda através de aumentos na taxa de juros, uma vez
que a inflação de demanda já está em queda. O decisivo para a
trajetória dos preços nos próximos meses será a conquista de
alguma estabilidade na taxa de câmbio e o fim do aumento acima da
inflação dos preços administrados, que pressionaram tanto o IPCA
no início deste ano. A redução do acumulado da inflação no início
de 2016 trará a oportunidade para o BACEN discutir o início da
redução das taxas de juros, que atualmente dificultam a retomada
do crescimento econômico do país. |
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AGENDA DO
DIA
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EVENTO
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HORÁRIO
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ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
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IPCA-15/Brasil
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9h
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IBGE
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* As opiniões aqui expressas são de inteira
responsabilidade de seu autor, não representando a visão da FPA ou
de seus dirigentes.
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