Trabalho infantil e a escravidão sexual no Brasil
Artigo de Lídia Anjos e Gabriela Maia Rebouças na
Revista InterSciencePlace
discute o trabalho infantil, em especial a exploração sexual de crianças
e adolescentes. A temática está diretamente relacionada às formas
análogas ao trabalho escravo ou escravidão contemporânea. Segundo as
autoras, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) classifica a
exploração sexual como uma das piores formas de trabalho infantil.
Segundo as autoras, no Brasil, as crianças ainda são
usadas brutalmente como escravas domésticas, na agricultura, em
carvoarias, cidades, canteiros de obra, etc. No entanto, a falta de
estatísticas exatas torna impossível uma dimensão mais aproximada da real
proporção da problemática.
Quanto à exploração sexual, as autoras apontam que
os principais determinantes da inserção de crianças e de adolescentes no
mercado do sexo são a pobreza e a exclusão: é comum que se submetam à
pornografia e ao turismo sexual infantil e outras formas de sexo
comercial para suprir necessidades essenciais. As autoras apontam que a
exploração sexual de crianças e adolescentes caracteriza-se como uma
sobreposição de violações em relação à infância e a adolescência, em que
se inserem várias penalizações e um futuro de traumas.
No Brasil, ONGs, fóruns, centros de defesa, conselhos,
movimentos e setores do poder público enfrentam a exploração sexual de
crianças e adolescentes. A mobilização social inclusive trouxe conquistas
importantes para o campo da infância e da adolescência, como expresso na
Constituição Federal de 1988.
Mas em um país com um passado escravocrata de quase
4 séculos e com grande presença de suas heranças (dentre elas a
desiwebmastergualdade), é difícil combater o trabalho escravo
contemporâneo, seja ele infantil ou não. O problema em específico da
exploração sexual infantil é preocupante em especial no ano de 2016, pela
possibilidade de aumento do turismo sexual com os Jogos Olímpicos do Rio.
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