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Ano
4 - nº 358 - 2 de março de 2016
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Setor
externo segue melhorando e balança comercial tem superávit de US$ 3
bilhões em fevereiro: Os resultados
positivos da balança comercial e do setor externo da economia brasileira
seguem superando as expectativas. No mês de fevereiro, o país registrou superávit
comercial de US$ 3 bilhões, acima das expectativas do mercado (US$ 2
bilhões) e o resultado mais expressivo para o mês desde o início da
série, em 1989. Parte importante deste resultado se deveu à queda
expressiva das importações, que recuaram 34,6% na comparação com o mesmo
período de 2015, sendo uma queda de 26,9% no volume importado e 10,6% nos
preços dos produtos. Já do ponto de vista das exportações, o resultado
foi bastante positivo, com crescimento de 4,6% na comparação com o mesmo
mês de 2015, primeiro resultado positivo após 17 meses de retração. O
crescimento das exportações de manufaturados (7,9%) e semimanufaturados
(14%) também chamou a atenção dos especialistas e levou algumas
consultorias a reestimarem a expectativa de superávit comercial do ano
para algo próximo de US$ 40 bilhões.
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Comentário: Após alguns anos de desvalorização cambial, uma
taxa de câmbio mais competitiva e razoavelmente estável (próxima ao
patamar de R$ 4,00/US$) parece estar fazendo efeito nas exportações
brasileiras. Obviamente, o fator que mais contribuiu até o momento para
a melhoria dos resultados externos foi a recessão, que reduzia a
demanda por importações (em particular combustíveis, que tiveram
redução de 54,6%) e liberou parte da produção nacional para ser vendida
nos mercados externos. Porém, o aumento do peso dos produtos
manufaturados na pauta exportadora é uma boa notícia, que pode refletir
não apenas a mudança de preços relativos (com commodities recuando mais
rapidamente que os preços dos produtos industrializados), mas também o
início de uma mudança na estrutura produtiva nacional, com o aumento da
competitividade dos produtos manufaturados locais. Obviamente, esta
tendência só será concretizada caso o Brasil mantenha uma taxa real de
câmbio no patamar atual, além de depender das mudanças do cenário
externo, onde a evolução da crise internacional tem um peso
considerável nas expectativas. A melhoria das exportações de automóveis
(crescimento de 85% na comparação com 2015) para a Argentina e o México
também contribui decisivamente com os resultados atuais, mas o aumento
das exportações de manufaturados se deu em uma gama ampla de produtos,
o que demonstra que a competitividade da indústria nacional melhorou
com a desvalorização cambial.
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responsabilidade de seu autor, não representando a visão da FPA ou de
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