Brasileiras são as
maiores beneficiárias das políticas sociais
Recente estudo da ONU Mulheres Brasil e pelos
Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e das
Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos do
governo Dilma mostra que as brasileiras são as maiores beneficiárias das
políticas sociais no país. A publicação mostra o impacto positivo do
programa Bolsa Família, Plano Brasil Sem Miséria, Programa Minha Casa,
Minha Vida, Brasil Carinhoso, Programa Luz para Todos, Rede de
Assistência Social, Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça para empresas,
Benefício de Prestação Continuada (BPC) na vida das mulheres, entre
outros, e que as políticas sociais são sustentáveis no tempo.
Há no país uma clara “feminização” da pobreza: em dezembro de 2014, 88%
de todas as famílias inscritas nos programas sociais brasileiros eram
chefiadas por mulheres, e 73% eram famílias negras. Entre as chefiadas
por mulheres, 68% eram lideradas por mulheres negras. As mulheres são
maioria entre os beneficiários do Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e
tiveram importante inserção no mercado de trabalho formal nas últimas
décadas, apesar de apresentarem piores salários e maior desemprego que a
população masculina.
O estudo mostra que, do total de 4,4 milhões de microempreendedores no
país, 865.739 eram beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF), sendo
que, desse total, 57% eram mulheres. Considerado o maior programa de
transferência de renda do mundo, o PBF é referência internacional no
combate à pobreza, tendo sido reconhecido pela ONU como fundamental para
a saída do Brasil do Mapa Mundial da Fome.
Assim, a falta de mulheres nos ministérios do presidente interino
simboliza o que já está ocorrendo com as políticas sociais no governo
interino: um retrocesso que atinge em cheio as mulheres do Brasil. As
possíveis alterações no Programa Bolsa Família, no Minha Casa Minha Vida,
possíveis reformas trabalhistas e o questionamento da política de
valorização do salário mínimo minam em cheio as políticas postas em
prática nos últimos anos, que renderam grandes efeitos para o combate à
pobreza e desigualdade no país e foram reconhecidas internacionalmente
como mostra o documento.
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