segunda-feira, 13 de junho de 2016

BOLETIM DE POLÍTICA SOCIAL - FUNDAÇÃO PERSEU ABRAMO

Ano 4 - nº 319 - 10 de junho de 2016

Perspectivas para o “Farmácia Popular”
O Programa Farmácia Popular do Brasil foi criado em 2004 e teve diversas ampliações, passando a incluir o acesso a contraceptivos, fraldas geriátricas, medicamentos indicados para diabetes, hipertensão, osteoporose, rinite, asma, Parkinson, glaucoma, entre outros.

A iniciativa se inclui em uma das ações do Plano Brasil Sem Miséria: hoje, mais de 2,5 mil municípios brasileiros possuem estabelecimentos do programa e cerca de 1,3 milhão de brasileiros por mês é beneficiado, entre eles aproximadamente 660 mil hipertensos e 300 mil diabéticos.

O Programa já havia sofrido uma redução em 2016, mas o governo interino tem sido mais radical: devido à redução de R$ 5,5 bilhões no orçamento previsto para o Ministério da Saúde neste ano, verbas da Saúde destinadas ao programa Farmácia Popular e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) só vão durar até agosto, segundo declarações do ministério interino. No caso do Farmácia Popular, seria afetado o “Aqui Tem Farmácia Popular”, resultado do programa inicial, que consiste na venda subsidiada à população em estabelecimentos comerciais (medicamentos para rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma, osteoporose anticoncepcionais e fraldas geriátricas).
Segundo discutido no boletim 229, medicamentos representam a principal categoria que compromete os orçamentos familiares em seus gastos com saúde, principalmente naquelas famílias de menor renda: em 2008-2009, as pertencentes ao extrato mais pobre comprometeram 8,5% de sua renda na compra desses produtos, em contraposição a menos de 2% naquelas que fazem parte do último décimo de renda.

Para ler mais:
Boletim de política social 229 - Farmácia Popular do Brasil: alcances e desafios do programa
leia mais

Boletim de política social 221 - Cortes no Ministério da Saúde e o programa Farmácia Popular
leia mais

Verbas para Farmácia Popular e SAMU podem acabar em agosto
leia mais


* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de sua autora,
não representando necessariamente a visão da FPA ou de seus dirigentes.

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