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AGOSTO
DE 2016 | ANO 01 - EDIÇÃO 06
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Em meados
de maio, quando o Ministério das Relações Exteriores passava a ser
interinamente comandado pelo senador José Serra, uma série de
análises – inclusive no espaço deste boletim mensal – procurou
apontar as perspectivas para a política externa brasileira. A
partir de discursos oficiais, declarações à imprensa e documentos
anteriores, o novo cenário indicava a priorização da agenda de
comércio exterior e o esvaziamento de iniciativas de integração
regional e cooperação Sul-Sul dos governos anteriores. Passados
cerca de três meses de interinidade no Itamaraty, o texto deste mês
procura analisar como as tendências apontadas têm se desenvolvido e
em que medida a política externa pode ser considerada um ponto que
favorece ou não o governo provisório. Há elementos que apontam a
reversão da política externa construída nos governos Lula e Dilma,
mas não é evidente a capacidade do governo interino colocar uma
política alternativa no lugar. Leia mais
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Passados
três meses do governo interino de Temer, o processo de impeachment
da presidenta eleita Dilma Rousseff avança para julgamento final,
enquanto manobras buscam neutralizar delações sobre sua equipe de
governo. No entanto, o governo não aparenta ter tanta força. As
recentes votações demonstram que sua base já se encontra
segmentada. A política de desmonte do Estado com retirada de
recursos públicos de áreas prioritárias não é suficiente para
reverter as reações pífias da economia, o que mantém a insatisfação
popular com o governo e seus índices de avaliação inferiores aos da
maior parte dos países da América Latina. Leia mais
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O governo
Temer, apesar de interino, tem tomado medidas drásticas para a
reorientação da política social brasileira, que inclui corte de
gastos sociais e desarticulação de políticas públicas. Um exemplo
dessa reorientação se manifesta no fato de que “redistribuição de
renda” já não está entre um dos objetivos do governo segundo a Lei
de Diretrizes Orçamentárias de 2017, enquanto o Brasil é um dos
países mais desiguais do mundo. O redirecionamento também se dá
pela não priorização da renda e do emprego, como se percebe pelos
dados para o mercado de trabalho e na tentativa de implementação de
um novo regime fiscal que reduzirá os gastos sociais ao longo do
tempo, com a PEC 241/16. Leia mais
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Na edição
de agosto, os tópicos analisados foram o nível de atividade,
comércio exterior, política monetária e inflação e indústria. Tal
como nos boletins anteriores, foram consideradas as informações
mais atualizadas divulgadas por instituições oficiais de
acompanhamento da atividade econômica. Destacamos aqui dados
oriundos da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Banco Central do
Brasil (BCB) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Leia mais
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Segundo recentes
notícias publicadas em portais de conteúdo tradicionais, a relação
do governo interino com o governo cubano anda estremecida. Se, de
um lado, o governo brasileiro tem interesse em reduzir a proporção
de médicos cubanos no Programa Mais Médicos (PMM), o cubano possui
entre suas demandas, para continuidade da parceria, o aumento da
remuneração dos profissionais.
Leia mais
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Uma
análise da influência dos sites que produzem conteúdo alternativo à
grande imprensa a partir da observação do Twitter nas manifestações
de 31 de julho confirma o fenômeno conhecido como “efeito bolha”. A
polarização apontada por especialistas desde as eleições de 2014
que até hoje não se dissolveu faz com que grupos de direita e
progressistas presentes nas redes sociais continuem a dialogar
apenas consigo mesmos, formando clusters próprios. Na subseção
internacional, manifestações ocorridas nos últimos meses para
denunciar que existe um golpe de Estado em curso vêm gerando
reflexões importantes de agentes internacionais que decidiram se
pronunciar contra o processo de impeachment. Leia mais
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