quinta-feira, 10 de março de 2016

BIBLIOTECAS DO PROGRAMA RIBEIRÃO DAS LETRAS


SITUAÇÃO DAS BIBLIOTECAS DO PROGRAMA RIBEIRÃO DAS LETRAS

O vereador Beto Cangussu requereu a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, informações sobre a atual situação das bibliotecas abertas pelo Programa Ribeirão das Letras, instituído com base na Lei 9.353, de 05 de outubro de 2001: como é o seu funcionamento, o número atual de exemplares, o número de empréstimos no ano anterior e número de funcionários, por unidade.
No caso de bibliotecas fechadas, o vereador questionou: quando isso se deu, qual o motivo do fechamento e qual o destino dado ao acervo, mobiliários e outros equipamentos.
Solicitou também o valor do investimento feito no Programa a partir do ano seguinte (2005), à finalização do cronograma de implantação das 80 bibliotecas no município e quanto está sendo alocado para o mesmo na previsão orçamentária de 2016.

O vereador Beto Cangussu, justifica que “Ribeirão Preto se tornou, em 2001, o primeiro município brasileiro a instituir uma política municipal do livro, que ficou conhecida como Lei do Livro, que precedeu em dois anos da Lei do Livro nacional, assinada em 2003, pelo presidente Luiz Ignácio Lula da Silva. Juntamente com a criação da Feira Nacional do Livro e de um conjunto de medidas que aumentou o índice de leitura em Ribeirão Preto de 1,7 (que também era a média nacional) para 3 livros por habitante ano, uma das iniciativas mais importantes do Programa Ribeirão das Letras foi o projeto de implementação de 80 bibliotecas no município.

A cidade se tornaria conhecida como uma Cidade de Leitores, servindo de inspiração, nos anos seguintes, para adoção de iniciativas em outras cidades, estados e em âmbito nacional, pelo Ministério da Cultura comandado, então, pelo então ministro Gilberto Gil, inclusive programas de igual conceito, como foi o caso do Cultura Viva, que disseminei pontos de cultura pelo país afora.
Contudo, sabe-se que muitas das bibliotecas abertas quais foram simplesmente desativadas e o programa, criado para dar cumprimento à legislação aprovada pelos vereadores, foi paulatinamente deixado de lado, com prejuízos de toda monta para a população e, mais ainda, para a população escolar.

A propósito, o Programa Ribeirão das Letras foi escolhido pela Fundação Banco do Brasil como um dos melhores projetos sociais do País e o único na área da Leitura, tornando-se um dos finalistas do Prêmio Tecnologia Social. A Fundação Getúlio Vargas e a Fundação Ford também elegeram o Ribeirão das Letras como um dos melhores projetos públicos em execução em todo o Brasil, tendo sido apresentado, em 2003, como destaque internacional no Congresso Mundial de Leitura, realizado em Havana, como modelo de política pública de leitura na América Latina. A experiência também inspirou o Ministério da Cultura a lançar o Programa Fome de Livro, que começou a implantar 1.700 bibliotecas no País par zerar o número de cidades brasileiras sem biblioteca pública.


Pelo menos metade das bibliotecas inauguradas pelo programa foi instalada em locais cedidos pela comunidade. Associações de bairros, escolas, igrejas, sindicatos e centros comunitários abriram espaço para receber uma das bibliotecas do Ribeirão das Letras, equipadas com um acervo de, em média, 2.500 livros – em várias delas esse número cresceu rapidamente e chegou a 6 mil obras.


O sucesso do programa tem sido tão expressivo que as associações de bairro e outras entidades passaram a reivindicar uma biblioteca em suas regiões. Na biblioteca da Secretaria Municipal de Infraestrutura, por exemplo, um servidor público que não tinha o hábito de ler retirou e leu nada menos do que 37 livros em apenas um ano.


A média era, na ocasião, uma para cada seis mil habitantes, além de um Ônibus-Biblioteca que percorria os bairros, praças, parques e festas populares, com seus contadores de história.”

Leia o requerimento





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